Human Resources

Joinrs com Sidney, Head of HR na Genial Investimentos

Written by Equipa Joinrs | 31/5/2024

Quem é a Joinrs?  

A Joinrs é uma plataforma de emprego baseada em uma inteligência artificial, criada para conectar os candidatos da Geração Z - estudantes universitários e graduados com poucos anos de experiência profissional - às empresas mais compatíveis. Graças à nossa IA, ajudamos tanto os candidatos como os recrutadores a identificar as melhores oportunidades, tornando o processo de seleção mais rápido e eficiente e reduzindo esforços. Apenas as candidaturas mais alinhadas com os requisitos chegam aos recrutadores, garantindo qualidade e excelência.

Atualmente, mais de 300 empresas nos escolheram para melhorar a sua busca por talentos e se beneficiar das nossas atividades de employer branding, tudo isto dentro da nossa comunidade de quase 1 milhão de usuários. Se você é uma empresa e gostaria de saber mais, clique aqui.

  A dizer ao mundo HR  

Conhecer o mundo dos Recursos Humanos. Conversar e descobrir alguns segredos da profissão, com profissionais que têm histórias para contar. Para poder se inspirar. A coleção de entrevistas da Joinrs com profissionais de RH foi criada com estes três objectivos em mente: esperamos que nas suas histórias encontre os conselhos que procura e a determinação para começar (ou continuar) a construir os seus objetivos profissionais. Hoje, é a Sidney que vai compartilhar com a gente o seu percurso, dicas e conselhos.

 

1) Quais foram os principais marcos ou realizações ao longo de sua carreira que o prepararam para assumir a posição de head de RH?

Eu acho que estarmos abertos para o aprendizado é fundamental. Colocarmos em mente que nunca vamos saber de tudo, independentemente da cadeira que ocupamos. Sempre temos oportunidade de aprender com todos. Felizmente, hoje tenho uma equipe incrível, cheia de talento e da qual tenho a oportunidade de aprender todos os dias. E busco sempre me colocar nessa posição de aprendiz. E para isso é imprescindível ouvir. Praticamente todas as minhas decisões são tomadas após ouvir meus diretos e/ou toda a equipe. Naturalmente, a posição requer decisões rápidas em alguns momentos. Mas gosto da ideia de conceber cenários com visões plurais para me ajudar a expandir o prisma e a capacidade de análise.

Em diversos momentos, suas colocações me geram novas reflexões e possibilidades de desenvolver soluções mais assertivas e criativas para resolver problemas ou desenvolver produtos e ações. E depois ter responsabilidade sobre o que está fazendo. "Dor de dono", como muitos dizem, independentemente da posição que ocupa. E felizmente aprendi sobre isso ainda como estagiário, há 20 anos. Isso me deu a oportunidade de experimentar diferentes áreas dentro de Recursos Humanos, independentemente do retorno financeiro. Via os projetos como um investimento no meu aprendizado e repertório, que eventualmente se mostraria útil mais à frente. E assim foi.

Ocupei a posição de Head de RH de uma instituição financeira média dos 26 aos 28 anos. Depois tive a oportunidade de empreender no segmento de alimentação e validar todos os conceitos e aprendizados adquiridos, além de angariar outros tantos ao longo dos seis anos que estive envolvido naquele projeto. E agora, novamente na posição de responsável pelo RH e Comunicação Interna de uma instituição financeira, posso unir os dois mundos: sou sócio da organização (então empreendo junto) e uso o conhecimento adquirido ao longo de 20 anos em favor do negócio, da cultura, das pessoas e de mim mesmo, agora com mais maturidade.

 

2) Quais são os maiores desafios que você enfrenta ao recrutar e reter talentos altamente qualificados para uma indústria altamente competitiva como a financeira?

Essa pergunta é bem comum, mas super complexa. Primeiro, cabe o disclaimer de que isso está diretamente relacionado à cultura e ao momento da organização para a qual está recrutando (ou trabalhando a retenção, que gosto mais de chamar de engajamento). Dito isso, hoje aqui na Genial, talvez um dos maiores desafios em termos de atração seja identificarmos profissionais com o que chamamos de "cabeça de sócio". Temos uma cultura de partnership bastante sólida, onde todos pensamos como donos do negócio. Sejam aqueles que já têm algum equity ou aqueles que querem ter equity.

Quando olhamos para o dia a dia, isso molda nossos comportamentos, comprometimento, tomada de riscos e decisões. Nos apropriamos dos resultados, negativos ou positivos. E isso traz diligência nos processos de tomada de decisão, análise e mensuração de impacto. Aprendemos a jogar de forma coletiva e buscamos sempre o bem do todo e não apenas resultados individuais.

E o processo de crescimento e desenvolvimento de carreira segue essa mesma tônica. Ou seja, aqueles que melhor se adaptam a esse ambiente e conseguem se encaixar nesse contexto, têm um crescimento mais acelerado. Claro que o funil de subida vai se estreitando. Então, um grande desafio é termos mapeado os altos potenciais da organização e tratá-los de maneira individualizada, gerando cenários de desenvolvimento, motivação e reconhecimento para que permaneçam crescendo junto conosco.

 

3) Quais habilidades ou conhecimentos adquiridos durante sua trajetória acadêmica você considera mais valiosos para lidar com os desafios específicos do setor financeiro?

Honestamente? Eu gostaria de ter aproveitado melhor matérias que tive logo no início da graduação, período em que eu ainda não tinha começado a trabalhar e, portanto, não sabia que talvez pudesse fazer uso desse conhecimento. Refiro-me a psicologia e sociologia. Claro que outros temas correlatos a finanças me ajudam a compreender o universo onde estou inserido e, no nosso dia a dia, em vários momentos (mas acho que isso se aplica a qualquer função que vá exercer em qualquer mundo corporativo). Mas a compreensão das relações humanas e como funciona o cérebro é algo que ajuda bastante no entendimento das diferentes motivações que as pessoas têm para estarem no mercado financeiro.

E assim moldar nossas ações para servirem de gatilho para despertar o que elas podem dar de melhor em prol do negócio e de si mesmas. A busca é sempre por propor cenários de entregas com excelência e que gerem desenvolvimento para todos. Agora, vale destacar que cada vez mais temos buscado conhecimento técnico e competências nos perfis com os quais conversamos. Mais do que formação acadêmica por si só. Conseguirmos mapear o que os candidatos conhecem sobre os temas para os quais os estamos buscando, seja por vivência, estudo focado ou autodisciplina na busca, é tão valioso ou mais do que a universidade que aquela pessoa cursou.

Veja, não estou dizendo que isso não tem valor. O que estou dizendo é que isso por si só já não é um diferencial competitivo. E quanto antes você começa a somar ferramentas para o seu perfil, melhor.

 

4) Como você equilibra as demandas do departamento de RH em uma empresa de investimentos financeiros, que muitas vezes tem ritmo acelerado e alto nível de pressão?

De fato, o cenário nos impõe a necessidade de gerir o tempo de forma eficiente. Entender o que é curto, médio e longo prazo dentro de um cenário de constantes revisões de prioridades é imperativo. A melhor forma que encontro é aprender com meu time de business partners e conversando com outros executivos no dia a dia.

Entendendo onde estão os pontos de pressão do negócio, os gargalos, as dores, para que possamos revisitar nosso pipeline de entregas e definições de prioridades. A questão é entendermos o que mexemos primeiro e de forma mais aguda e o que mantemos mexendo em segundo plano com menor intensidade para gerar transformação mais à frente. Parece básico e clichê, mas enxergar a instituição como um organismo, onde o que mexemos aqui impacta ali, é fundamental.

 

5) Como sua equipe lida com questões relacionadas à diversidade e inclusão em um ambiente financeiro, onde a representação pode ser desigual?

Nossa busca é sempre pelo cenário de entregas mais sustentáveis possíveis. Meu time tem claro que a criatividade é parte indissociável disso e que podemos agir como vetores de transformação nesse sentido. A ideia é sempre propor sugestões diversas, que complementem ou gerem contrapontos para o status quo.

De maneira que a criatividade e complementariedade possam ter espaço para aflorar. Fazemos isso de forma muito natural no nosso dia a dia, sem forçar a barra e empurrar pautas. Mas com a crença de que discussões plurais podem ser benéficas para a concepção de cenários de desenvolvimento do negócio.

 

Entrevista da Equipa Joinrs